Um dos instrumentos que garantem a execução plena da nossa Democracia Participativa (Indireta) é a Conferência, que é uma reunião de pessoas para avaliar, discutir, levantar problemas, inovações, propostas sobre uma pauta previamente selecionada.

No período em que estive atuando na Conferência Nacional de Saúde pude contemplar algumas situações que expandiram a minha visão acerca do que podemos fazer para a saúde.
Primordialmente é importante lembrar que esse instrumento de participação social efetiva na execução e planejamento das políticas públicas não resolve todo o problema, bem como a publicação de uma lei não necessariamente resulta na adesão plena da mesma. 

O que temos é o potencial de construir e a Conferência permite que isso se desenvolva. Mas o que fazemos depois é muito mais importante, bem como nas eleições; onde o voto não é a resolução de todos os problemas, mas a participação efetiva e a cobrança prestam um serviço crucial para o desenvolvimento dessas políticas. 

A Conferência Nacional de Saúde ergueu muitas propostas importantíssimas para o desenvolvimento e garantia de um Sistema Único de Saúde gratuito e eficaz; e agora cabe ao poder público efetivar e executar com plenitude.

E nós, como cidadãos e cidadãs temos a obrigação de agir em defesa do SUS, pois ele é um bem de uso de comum. 

Devemos defender cuidando de nós mesmos, agindo de maneira responsável, para que o Sistema Único de Saúde não tenha que atender demandas emergenciais geradas por imprudência. Precisamos cuidar da nossa saúde para não superlotarmos o sistema com situações que poderiam ser evitadas. 

Devemos atuar como entes participantes efetivos do SUS: visitando; fiscalizando; atuando dentro dos conselhos locais, municipais, estaduais e nacional e suas respectivas comissões e câmaras temáticas; reivindicando; cobrando do poder público; compartilhando informações; educando vizinhos, parentes, amigos; dialogando.