Por: Vitor Batista

A centena de anos, os primeiros habitantes do território brasileiro habitavam as margens do Rio Opará, que em tradução quer dizer Rio-Mar. O termo faz referência à vasta extensão territorial que percorre. Nasce no estado de Minas Gerais, e percorre por Goiás e o Distrito Federal, Bahia, Pernambuco, Sergipe até o estado de Alagoas onde desagua no mar. O percurso do rio conduziu a vida humana, seja em deslocamento para captação de alimento, quanto para a fixação de moradia.

A estrutura da subsistência destes povos dependia do rio e seus afluentes, seja o período em que consideramos o homem caçador ou como caçador coletor. A água indiscutivelmente foi e sempre será primordial para a vida. Diversos grupos dos primeiros habitantes se deslocavam ao longo do rio, é possível comprovar essa afirmação tendo como referência as diversas pesquisas arqueológicas que foram desenvolvidas. No território Baiano, a presença da existência humana com referência o rio, é de séculos anteriores à chegada do Europeu, quando no dia 04 de outubro de 1501 Américo Vespúcio e Gonçalo Coelho, em expedição exploradora encontram o rio e o nomearam de Rio São Francisco, por fazer memória ao Santo comemorado aquele dia.

Por ganância de alguns, e em nome do progresso, o rio sofre. Diversos acontecimentos marcam negativamente as águas deste gigante brasileiro. As usinas hidroelétricas, a deposição de esgotos sem tratamento, o desmatamento e diversos outros fatores. O rio proporciona vida e homem à morte dele. Diversas atividades são desenvolvidas ao longo do curso de suas águas: navegação, geração de energia, agricultura, turismo, piscicultura e diversas outras.

Com a obra da transposição, passou a fornecer água a municípios onde a escassez deste bem precioso era diária. O rio que tanto “cuidou” do povo clama por revitalização, necessita de cuidado, e esse é o dever do brasileiro, tomemos como lição cuidar da natureza.